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Domingo de Páscoa.

Por Pedro Pirajá Martins – Membro Efetivo do IASC.

 

A luz do amanhecer de Páscoa atravessa as cortinas, trazendo consigo um sussurro de renovação e promessa. Em uma época onde as mensagens são frequentemente geradas com a impessoalidade de um clique, a escolha de tecer palavras com as próprias mãos carrega um significado profundamente humano. Este texto, portanto, não é apenas uma reflexão sobre a Páscoa, mas também sobre a essência da comunicação humana em contraste com a eficiência robótica da inteligência artificial.

No coração da Páscoa, encontramos uma história de sacrifício e renovação, um tema universal que ressoa através de eras e culturas. É um momento que nos convida a refletir sobre os ciclos da vida, morte e renascimento que permeiam nossa existência. Da mesma forma, o ato de escrever à mão, ou mesmo de compor uma mensagem com intenção e cuidado, é em si um pequeno renascimento. É a escolha de trazer à luz algo singular e imperfeito, mas infinitamente valioso por sua autenticidade.

Quando um ser humano opta por se sentar e ponderar cada palavra, cada frase, está engajando-se em um ato de criação que transcende a simples comunicação. Há uma beleza intrínseca nesse processo, uma espécie de magia que não pode ser replicada por algoritmos. As idiossincrasias da escolha de palavras, a caligrafia única, até os erros e correções, tudo contribui para a narrativa de um momento íntimo, um gesto de dedicação que fala mais alto do que a própria mensagem.

A inteligência artificial, por mais avançada que seja, opera sob a lógica de padrões e previsões. Ela pode imitar estilos, gerar respostas convincentes e até evocar emoções com suas palavras. Contudo, falta-lhe a essência imprevisível do espírito humano: a capacidade de se surpreender, de errar de maneiras significativas e, acima de tudo, de amar de forma genuína e profunda. A IA é uma ferramenta poderosa, mas é o coração humano, com suas imperfeições e intenções, que infunde verdadeira vida às palavras.

Neste dia de Páscoa, enquanto refletimos sobre renovação e esperança, façamos também uma pausa para valorizar a beleza do esforço humano por trás de cada mensagem escrita, cada gesto de comunicação. Que a escolha de se expressar autenticamente, seja através de uma crônica, uma carta ou um simples bilhete, seja um lembrete de nossa conexão inquebrável, não apenas com aqueles que amamos, mas com a própria essência da humanidade.​

Assim, a verdadeira magia da Páscoa e da escrita elaborada pelo humano reside não na perfeição, mas na imperfeição; não na eficiência, mas na intenção. É um convite para reconhecer e celebrar a beleza do que significa ser verdadeiramente humano, em todas as nossas facetas, sombras e luzes. Que possamos sempre escolher o caminho que nos conecta mais profundamente uns aos outros e ao milagre da vida que compartilhamos.

Feliz Páscoa!!!

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