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A Inovação Disruptiva na Atividade de inteligência

Por Antônio Alexandre Kale* – Membro efetivo do IASC

A atividade de inteligência está inserida na história da civilização desde os seus primórdios. Esteve presente nos vedas, alfarrábios de Sun Tzu antes de Cristo, nas compilações bíblicas e atualmente deveras mencionada em todos os seguimentos sociais. Sempre presente e objeto de êxito nas grandes guerras ou, por vezes, fracassos que ceifaram inúmeras vidas em atentados terroristas e demais ações adversas.

Evitando conceituação precisa e esgotada, a inteligência dentre outras atribuições, exerce o papel de assessoramento através da produção do conhecimento e neutralização de ações que ponham em risco a sociedade naquilo que se quer proteger, apontando um norte para aquele que possua o poder decisório.

Com as demandas crescentes e o novo desafio global, além da segurança e defesa do território (terra, mar e ar), a cyber segurança ganha destaque diante dos desafios da quarta revolução, a tecnológica.

Algumas palavras-chaves se tornaram praxe na mídia e nos discursos atinentes a área, tais como: integração e investimento em recursos humanos e materiais, principalmente os tecnológicos.

Há confusão de conceito, debates e procedimentos onde imprecisamente misturam inteligência com investigação, muitas vezes com o escopo de legitimar investigação sob o manto equivocado da atividade de inteligência. Causa arrepio aos analistas e doutrinadores. É bom deixar claro que na primeira há a necessidade de conhecer e na segunda de provar, ambos na busca da verdade.

Sem a presunção mais uma vez de conceituar, a “era da inovação disruptiva” traz novos paradigmas em produtos e serviços que se apresentam no mercado e na produção rompendo os modelos convencionais. Através da (cri)atividade fazer menos com mais, mais barato, mais célere, mais preciso e da melhor forma.

O que isso tem a ver com a Inteligência?

As agências de inteligência observam a necessidade de inovar, de realizar algo mais, de superar os desafios da revolução tecnológica e da sofisticação dos meios utilizados pelos criminosos.

Rompendo (pre)conceitos e unindo esforços, mister se faz a união das agências de inteligência e a Academia.  A inovação disruptiva que se faz necessária é o incremento da ciência, da pesquisa e do desenvolvimento multidisciplinar na atividade de inteligência.

* Antonio Alexandre Kale, Membro efetivo do IASC, Delegado de Polícia de Entrância Especial, Diretor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Santa Catarina.

 

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